top of page

.

  • podcastbao
  • 9 de jun.
  • 2 min de leitura

O Brasil está vivenciando uma profunda transformação no campo religioso, segundo revelam os dados do Censo Demográfico de 2022. Pela primeira vez desde que a pesquisa começou a ser realizada em 1872, menos de 60% da população brasileira se declara católica. O índice atual é de 56,7%, o menor percentual já registrado na história do país.


Esse dado marca um ponto de inflexão importante. Há cerca de 150 anos, o Brasil era praticamente 100% católico, reflexo do período colonial e da imposição da fé católica como religião oficial até a Proclamação da República, em 1889.


Entre 2010 e 2022, o catolicismo perdeu mais de 8% dos seus fiéis, o que acende um alerta sobre a velocidade dessa mudança. As causas apontadas por especialistas incluem a perda de influência da Igreja Católica sobre as novas gerações, a migração religiosa em busca de comunidades mais ativas e o crescimento das igrejas evangélicas nas periferias urbanas e em regiões mais pobres do país.


Na direção oposta, os evangélicos continuam crescendo de forma acelerada. Segundo o mesmo Censo, 26,9% dos brasileiros se identificam como evangélicos — ou seja, mais de 1 em cada 4 pessoas no país. Trata-se do maior percentual da história para esse grupo religioso, que há poucas décadas representava uma parcela mínima da população.


Analistas já projetam que, mantido esse ritmo de crescimento, os evangélicos poderão se tornar o maior grupo religioso do Brasil nas próximas duas décadas.


Além disso, o número de pessoas que se declaram sem religião também aumentou, refletindo um movimento global de secularização. Ainda que menos expressivo no Brasil que em países europeus, esse grupo já representa mais de 8% da população.


Esses dados reacendem o debate sobre como essas mudanças impactam a cultura, a política e o comportamento da sociedade brasileira.

 
 
 

Posts recentes

Ver tudo

Comentários


bottom of page